Os preços do gás natural na Europa estão em queda na manhã desta sexta-feira, sobretudo devido a um aumento das reservas e das importações de gás natural liquefeito (GNL). Entretanto, os líderes da União Europeia (UE) estão a discutir, numa cimeira informal em Praga, a resposta do bloco comunitário à escalada dos preços da energia.
Este desempenho deve-se ao facto de os níveis de armazenamento de gás no continente europeu se encontrarem agora a cerca de 90%, já acima das reservas do ano passado, mas ainda abaixo dos valores de outubro de 2019 e 2020, de acordo com dados da Gas Infrastructure Europe, citados pela Bloomberg (acesso pago).
Por sua vez, Bruxelas está a considerar impor um limite temporário nos preços do gás para afastar uma potencial recessão económica, uma ideia reclamada por um número crescente de Estados-membros, entre os quais Portugal, mas que tem merecido a oposição da Alemanha.
Já a indústria teme que a imposição de um ‘teto’ aos preços do gás possa dificultar o abastecimento da Europa numa altura em que esta necessita de substituir os fluxos que normalmente viriam da Rússia, ainda mais depois das fugas detetadas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2 na semana passada.
As importações europeias de GNL podem aumentar entre 45% e 50% este ano, segundo a Bloomberg. No entanto, o GNL pode apenas ser capaz de substituir cerca de 30% dos fornecimentos de gasodutos provenientes da Rússia, de acordo com alguns analistas.
Fonte: ECO - Economia