Pedro Sánchez e António Costa querem uma “resposta particular ao problema específico” da Península Ibérica, devido à crise energética.

24/03/2022 | Energia

Os preços da energia continuam a subir e Portugal e Espanha querem uma “resposta particular ao problema específico” da Península Ibérica. Mas, para isso, é preciso do aval dos líderes europeus à proposta conjunta apresentada pelo chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez e pelo primeiro-ministro português, António Costa.

“Tanto Portugal como Espanha, os governos da Península Ibérica, apresentámos uma proposta rigorosa e sólida, do ponto de vista técnico, que não põe em causa o funcionamento do mercado energético europeu, mas que nos poderia, a ambos os governos, dar a capacidade de responder de maneira mais forte a este problema do preço do gás e ao seu efeito no preço da eletricidade”, disse Pedro Sánchez em Bruxelas, onde detalhou o acordo.

“O que propusemos […] é que respondamos à particularidade da Península Ibérica, que tem uma interconexão mínima com o mercado europeu”, começou por dizer, garantindo que a proposta é “muito razoável” e que conta com “medidas urgentes, mais alinhadas com a realidade geográfica da Península Ibérica e a sua conectividade energética”.

Além disso, o chefe de Estado espanhol avançou ainda que “o compromisso da UE era ter 10% de interconexões em 2020 entre a Península Ibérica e o mercado energético europeu e de 15% em 2030, mas hoje estamos abaixo de 3%. Tudo isto merece uma consideração específica e, sem afetar o mercado energético e a formulação de preços, nem pondo em questão a política comum de energia, penso que é inegável que temos de dar uma resposta particular a um problema específico que é o da Península Ibérica”.

Recorde-se que ainda esta semana o primeiro-ministro português disse ser “necessária uma intervenção na formação de preços no mercado”, e pediu uma rápida fixação de teto máximo para o preço do gás. “Há uma proposta que Portugal e Espanha trabalharam – e a qual a Espanha continua a apoiar, assim como a Itália e Grécia, entre outros – visando a fixação de um teto máximo para o preço de referência do gás”, acrescentou António Costa.

Fonte: Jornal i

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