Em março de 2020, outro estudo apontava que, no caso de Portugal, o caminho da eletrificação total acarretaria um sobrecusto de 9 mil milhões de euros para a economia nacional, em comparação com o investimento em infraestruturas de gás.
Um estudo produzido pelo projeto europeu Ready4H2 (Ready for Hydrogen) estima que o investimento nas redes de distribuição de gás europeias para receber e distribuir hidrogénio permite poupanças anuais em infraestruturas energéticas no valor de 41 mil milhões de euros, quando comparado com a alternativa de desenvolvimento de infraestruturas de eletricidade.
O Ready4H2 é uma iniciativa que conta com mais de 90 distribuidoras de gás de 17 países europeus. O estudo comparou o investimento que as redes de gás atuais exigem para receber e distribuir hidrogénio com o desenvolvimento de infraestruturas de eletricidade, no período entre 2031 e 2050.
“Num cenário de descarbonização que inclui volumes significativos de hidrogénio e metano verde, a estimativa é a de que o custo da primeira opção seja inferior em cerca de um terço ao cenário alternativo, resultando por isso numa poupança anual média de 41 mil milhões de euros. A rede local de gás facilitará, assim, um mercado de hidrogénio competitivo, traduzindo-se em mais hidrogénio para os utilizadores, a um custo inferior”, afirma o presidente da Ready4H2, Peter Kristensen.
Em março de 2020, um estudo da empresa consultora Afry, pedido pela Associação Portuguesa de Empresas de Gás Natural (AGN), com a colaboração da GGND (Galp Gás Natural Distribuição) e da PORTGÁS, chegou a uma conclusão semelhante para a realidade portuguesa. Verificou-se que o caminho da eletrificação total acarretaria um sobrecusto de 9 mil milhões de euros para a economia nacional.
Este foi o segundo estudo lançado pela Ready4H2. No primeiro, divulgado em dezembro de 2021, conclui-se que a larga maioria (96%) dos gasodutos europeus de distribuição de gás, que abastecem 67 milhões de habitações, empresas e indústrias, já pode proceder ao transporte de hidrogénio.
Fonte: Expresso|Ana Batalha Oliveira