O relatório, ora publicado pela IGU, conclui que o comércio global de gás natural liquefeito (GNL) cresceu 2,4% em 2024 para 411,24 milhões de toneladas (MT), ligando 22 mercados exportadores a 48 mercados importadores. A Ásia-Pacífico continuou a ser a maior região exportadora com 138,91 MT em 2024, adicionando 4,10 MT em relação a 2023.
As importações europeias de GNL diminuíram acentuadamente, caindo 21,22 MT em relação ao ano anterior para 100,07 MT, impulsionadas por altos níveis de armazenamento no início do ano, demanda lenta e fluxos constantes de gasodutos. No entanto, a procura de GNL recuperou na Ásia, com a China e a Índia a registarem um forte crescimento anual das importações de GNL, impulsionado pelas ondas de calor, pela expansão das infraestruturas e por uma maior dependência do gás para a produção de eletricidade.
Menelaos (Mel) Ydreos, o Secretário-Geral da International Gas Union, observou que “2024 provou ser mais um ano vibrante para a rápida evolução do setor do GNL. A trajetória de crescimento do GNL persistiu, reforçada pela introdução de dois novos mercados de exportação, enquanto os preços globais do GNL diminuíram em comparação com anos anteriores. No entanto, esta estabilidade do mercado permanece precária, altamente influenciada por incertezas significativas em torno da dinâmica do mercado e dos projetos, da geopolítica, do comércio e das políticas regulamentares. Além disso, o crescente enfoque regulamentar global nas emissões de metano, particularmente na UE, Japão e Coreia do Sul, está a resultar numa maior transparência e obrigações de conformidade no comércio de GNL.”